7º Dia
Carrión de los Condes a Puente Villarente
84,0 Km
Dormimos o sono dos anjos em um convento. O Carlos encontrou uns colegas: um roncava em dó, outro
em ré, o Carlos em mí e mais outro em fá. Uma beleza. Seria ainda mais divertido se fossem afinados.
Vida de "alberguino" não é facil. Eu adoro o meu saco de dormir, meu companheiro inseparável. Tem
até o cheirinho lá de casa.
Estamos andando em um ritmo muito forte para trilhas e caminhos. Devemos diminui-lo nos próximos
dias, sob pena de perdermos o que aqui tem de melhor: não ter pressa. Sabe como é, quando baixa o
espírito de competição, o pau pega. Também é divertido, mas não é a proposta.
A paisagem foi monótona, plana e igual o tempo todo. O frio e o vento continuaram nos acompanhando,
mas de uma forma mais branda, dada a presença do sol.
A cada dia que passa sinto-me mais energizado, mas ainda com olhos que olham apenas para fora. Tive
uma experiência muito forte em uma velha igreja, onde paramos mara rezar e meditar. Uma leve brisa
me envolveu e me fez arrepiar. Uma sensação de paz e bem estar incríveis.
E assim, um dia de cada vez, vamos avançando em nossa jornada rumo a Santiago de Compostela.
Obrigado pelas mensagens e "buen camino" peregrinos!
Peregrino, sua missão aqui justamente é esta, o olhar para fora e inspirar outros a visualizarem o que muitos vêem mas não enxergam verdadeiramente.Boa viagem.
ResponderExcluirPrezado bicigrino.
ResponderExcluirFelicito-te por teres chegado à conclusão de o Caminho deve ser vivido e não competido. Deus te guie e que Santiago possa inspirar-te. Abraços ao Carlos. Quizay(bicigrino)Ultreya et suseya.